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sexta-feira, 26 de agosto de 2011
TENDÊNCIAS PARA A EDUCAÇÃO DA PESSOA COM SURDEZ
TENDÊNCIAS PRA A EDUCAÇÃO DA PESSOA COM SURDEZ
Segundo estudos realizados a educação escolar das pessoas com surdez há séculos se dava através de duas Escolas que se confrontavam: Os que defendiam a medologia
Oralista e os que defendiam a metodologia Gestualista. Até hoje se discute essas duas concepções nas políticas públicas, nos debates nas pesquisas científicas, e nas ações pedagógicas destinadas aos alunos com surdez nas escolas comum e especial. Historicamente os estudos desenvolvidos sobre a educação de pessoas com surdez se dividem em três abordagens distintas: a oralista, comunicação total, e o bilinguismo.
A Oralista, é o ensino da utilização do uso da voz e da leitura labial para as pessoas com surdez (PS), na vida social e na escola. Esse método era aplicado na escola comum ou especial para as PS. Usava-se a língua da comunidade ouvinte através da oralidade para comunicação. Essa metodologia não atingiu seus objetivos por que normalizaram as diferenças, não aceitando-se a língua de sinais das pessoas com surdez e centrava-se os processos educacionais na visão da reabilitação e naturalização biológica.
Comunicação Total, essa concepção educacional para as pessoas com surdez, utilizava o uso de qualquer recurso possível para a comunicação, dando ênfase as interações sociais, cognitivas e afetivas dos alunos. Não valorizava a língua de sinais. Os alunos deveriam se comunicar naturalmente potencializando as interações sociais. Por não valorizar a língua de sinais se considera que essa concepção é outra face do oralismo. Seus resultados não foram muito satisfatórios por que as pessoas com surdez continuaram segregadas, excluídas da sociedade.
Bilinguismo, é a concepção educacional para as pessoas com surdez que tem como objetivo capacitar essas pessoas para a utilização de duas línguas, LIBRAS e Língua Portuguesa, com a finalidade de aplicá-las na escola e na sociedade em que vivem. Estudos realizados demonstram que esta concepção está dando certo por que respeita a língua natural e constrói um ambiente propício para a aprendizagem do aluno. Ele aprende a se comunicar através da Língua de Sinais e através do Português, em momentos separados, de modo que não haja o bimodalismo, que é a mistura de Libras com a Língua portuguesa; cada Língua deverá ter o seu tempo de aprendizagem na rotina do aluno.
“Na abordagem bilíngüe, a Libras e a Língua Portuguesa, em suas variantes de uso padrão, quando ensinadas no âmbito escolar, são deslocadas de seus lugares especificamente lingüísticos e devem ser tomadas em seus componentes histórico-cultural, textual e pragmático, além de seus aspectos formais, envolvendo a fonologia, morfologia, sintaxe, léxico e semântica”, (MEC/SEEP).
De acordo com Decreto 5.626, de 5 de dezembro de 2005, as pessoas com surdez têm direito a uma educação que garanta a sua formação, em que a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa, preferencialmente na modalidade escrita, constituam línguas de instrução, e que o acesso às duas línguas ocorra de forma simultânea no ambiente escolar.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
DIFERENÇA ENTRE SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
A surdocegueira é uma deficiência única em que o indivíduo apresenta ao mesmo tempo perda da visão e da audição. É considerado surdocego a pessoa que apresenta estas duas limitações, independente do grau das perdas auditiva e visual. A surdocegueira pode ser congênita ou adquirida e não é deficiência múltipla. Segundo o fascículo (AEE-DM), as pessoas surdocegas estão divididas em quatro categorias: pessoas que eram cegas e se tornaram surdas; que eram surdos e se tornaram cegos; pessoas que se tornaram surdocegos; pessoas que nasceram surdocegos, ou se tornaram surdocegos antes de terem aprendido alguma linguagem.
Deficiência múltipla é quando uma pessoa apresenta mais de uma deficiência, “é uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas que afetam, mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social” (fascículo DMU). As pessoas com deficiência múltipla apresentam características específicas, individuais, singulares e não apresentam necessariamente os mesmos tipos de deficiência, podem apresentar cegueira e deficiência mental; deficiência auditiva e deficiência mental; deficiência auditiva e autismo e outros.
ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM PARA A PESSOA SURDOCEGA
ESTRATÉGIAS QUE PODEM SER USADAS PARA A APRENDIZAGEM DAS PESSOAS SURDOCEGAS.
Para se elaborar estratégias de aprendizagem para uma pessoa surdocega deve-se em primeiro lugar observar “o nível intelectual e educacional alcançado pela pessoa antes de adquirir a surdocegueira”.
· Para ajudar uma criança que não apresenta nenhum resíduo visual ou auditivo a explorar o meio em que vive a si e ao outro podemos começar utilizando a técnica da “mão sob mão”, o professor coloca sua mão sob a mão do aluno e orienta o seu movimento sem a controlar, permitindo desta forma que explore o ambiente ou o seu corpo ou o corpo do professor. Esta estratégia precisa ser bem planejada e deverá ser utilizada com um objetivo de cada vez, ou seja, o ambiente deve ser planejado, e organizado adequadamente para favorecer a interação do aluno com o meio e as outras pessoas. Determinar o que vai ser trabalhado, sendo uma coisa de cada vez. Considerando-se que a memória do surdocego tem curta duração as estratégias de aprendizagem deverão ser repetidas quantas vezes forem necessárias, até que se tenha certeza de que houve aprendizagem.
· Outra estratégia para ajudar a pessoa surdocega a explorar o ambiente seria a orientação para subir escadas através do toque, ou seja, bater suavemente no joelho ou perna do sudocego e conduzir seu pé para o degrau seguinte. Fazer isto repetidas vezes até que a pessoa compreenda a mensagem e possa internalizá-la.
· Uma terceira estratégia seria a partir da exploração do olfato sendo possível a identificação de alguns alimentos: chocolate, café e várias frutas e associado a esta estratégia pode-se usar a associação do olfato com o tato, ou seja, quando sentir o cheiro do café permitir a pessoa surdocega manusear um objeto relacionado ao cheiro do café como uma xícara e assim se faria com as frutas, com a terra, as árvores e outros elementos do ambiente.
Texto organizado de acordo com as leituras feitas no fascículo AEE - Deficiência Múltipla e outros.
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