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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Jogos que utilizo no atendimento com meus alunos.

Algumas pessoas me pediram para dar exemplos dos jogos que uso em meus atendimentos, por esta rezão estou fazendo esta postagem.
Antes de utilizar qualquer jogo, eu analiso primeiro que objetivo quero alcançar, a preferência do aluno, sua idade e suas possibilidades. Se o jogo que quero trabalhar não é do gosto do aluno, mas sei que é importante para possibilitar sua aprendizagem, as vezes modifico-o com o aluno ou procuro alternativas, por que se o aluno não se interessar por eles será difícil sua colaboração e os objetivos propostos pelo professor não serão alcançados. Então, quando escolho o jogo, sei exatamente com qual aluno irei usar. Se o aluno tem dificuldaddes de concentração, utilizo jogos que trabalham esse aspecto como: Tamgram, quebra-cabeças que construimos,os jogos da Game Teca, é uma caixa com dez jogos milenares, que trabalha o raciocínio, a concentração, a tomada de decisão; uso também o dominó que além de trabalhar o raciocínio e concentração, podemos trabalhar quantidades, numerais e outros; dama, xadrez, labirintos, jogo da velha e muitos outros. Para o aluno que tem dificuldades na coordenação motora fina, uso o alinhavo, jogos de encaixe com letras,objetos e outros. Para a organização do pensamento uso as sequências lógicas, a caixa de areia, a cidade miniatura, sudokids, contação de histórias e outros que vamos criando de acordo com o aluno. Nos nossos atendimento também gosto muito de trabalhar com sudokos de letras, números e figuras.

sábado, 18 de junho de 2011

Os primeiros passos para organizar a SRM e o AEE

Foto: alfabeto manual e código Braille





Respondendo a pedidos de colegas que estão entrando agora na SRM sobre como organizar este espaço, relatarei aqui em poucas palavras como fiz para organizar minha sala e os atendimentos.



O espaço da SRM precisa ser bem diferente de uma sala de aula comum, geralmente o MEC manda o mobiliário, que são um armário, uma mesa redonda com quatro cadeiras alcochoadas e duas giratórias, duas mesas retangulares para os computadores, escaner, impressora. Bem, mas isso não depende do professor, o que compete a nós é organizar este espaço de maneira que fique alegre, aconchegante e que o aluno sinta prazer de estar nele. Se puder coloque tapete, almofadas para que o aluno possa ler à vontade da maneira que puder. Coloque cortinas. Se tiver alunos surdos faça o alfabeto manual bem ilustrado com figuras e letras também em português. Se tiver alunos cegos ou com baixa visão escreva, construa o código Braille e exponha nas paredes como murais. Deixe sua sala decorada com classe, mas sem muito exagero para que não cause uma poluição visual. Para organizar os atendimentos em primeiro lugar faça uma reunião com os pais dos alunos que serão atendidos no AEE para explicar-lhes sobre a função do AEE, quem são as pessoas atendidas no AEE, qual o seu objetivo em seus atendimentos, qual o papel dos pais em relação ao atendimento e outros. Faça uma ficha para que os pais preencham, contendo informações sobre o aluno, sobre sua escolaridade, familiares, deficiências e outros que achar necessária. Em breve colocarei um modelo de fichas que uso em meu atendimento. Depois faça uma reunião com os professores da sala regular de seus alunos e exponha o que é o AEE, seu objetivo e outros. Faça-os perceber a impotância deste atendimento para a inclusão do aluno. Faça uma ficha para os professores responderem a respeito do desenvolvimento educacional, intelectual do aluno.O terceirto passo é fazer o diagnóstico inicial dos alunos que serão atendidos no AEE, para se observar não o que não podem fazer mas sim suas possibilidades de aprendizagem e como você pode ajudá-los. Junto com o aluno elebore um plano individual de atendimento para cada um. Brevemente colocarei modelos de fichas neste espaço para que tenham uma idéia, mas é necessário que adaptemos as fichas e planos à nossa realidade, e aos nossos objetivos. Em seguida elabore um calendário de atendimento, contendo: horário, dia, nome do aluno, série. Entregue uma cópia para o professor e outra para os pais. Esses são apenas alguns passos iniciais para se iniciar o trabalho na SRM. Todos os anos os refaço e aprimoro-os de acordo com os meus objetivos.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

CAIXA DE AREIA - DESENVOLVIMENTO ORAL E PRODUÇÃO ESCRITA



CAIXA DE AREIA





Este é um instrumento que utilizo em meus atendimentos com meus alunos. É muito simples de fazer: é necessário uma caixa de papelão média, areia, miniaturas, cola e papel para cobrir a caixa. Depois de pronta é só começar a trabalhar.




Como a utilizo: peço ao aluno que retire da caixa as miniaturas e coloque algumas de sua preferência de maneira que forme uma história. Em seguida peço-lhe que me conte oralmente sua história destacando os personagens que colocou na caixa. Se não conseguir peço-lhe que descreva os personagens, algumas crianças ainda não conseguem então tenho que ajudá-las fazendo-lhes perguntas bem específicas a respeito dos objetos que colocou na caixa. Com isso vou ajudando-a a organizar suas idéias oralmente para que no futuro possa colocá-las no papel. Pensei nessa maneira de utilizar a caixa de areia devido a grande dificuldade que os alunos têm para organizar seus pensamentos e produzir textos. Depois que o aluno relata oralmente sua história peço-lhe que a escreva. O próximo passo é fazer com ele faça a reescrita do seu texto organizando-o com início, meio e fim. As palavras que não foram escritas corretamente, são trabalhadas em caça-palavras cruzadinhas, ditados. A repetição de atividades que possibilitem a visualização e leituras de palavras que os alunos têm dificuldades de escrever é fundamental para que avancem.




Quando o aluno não lê convencionalmente, peço que dite a sua história e sirvo-lhe como escriba, em seguida fazemos a leitura juntos, então peço-lhe que copie, aproveito para trabalhar a leitura e escrita de palavras que estão no texto ditado por ele. É um trabalho lento, mas valioso, contudo não se deve exagerar no uso da caixa de areia para que o aluno não se canse dela. Com crianças com deficiência é necessário estar sempre criando formas diferentes de atividades lúdicas.



A caixa de areia pode ser utilizada com todos os alunos da educação infantil ao segundo grau. Tenho alunos de quatro a vinte três anos e a uso com todos. A forma com que trabalhamos é que é diferente. Com as crianças muito pequenas trabalho apenas com descrição de cores, sons dos animais, aspecto do corpo e outros. As miniaturas podem variar de acordo com as possibilidades e objetivos que se propõe. Os resultados são lentos, mas significativos se perseverarmos nos nossos objetivos que é o de posibilitar as crianças com deficiência o acesso a compreensão, organização de suas idéias e acesso a escrita e leitura. Espero que aproveitem a caixa de areia e criem novas maneiras de a utilizarem.

Usando a tecnologia no AEE





Usando a tecnologia no AEE
O computador tem sido um grande aliado em meu trabalho. Ele permite que os alunos tenham uma maior concentração nas atividades propostas. Existem atividades pedagógicas riquíssimas que proporcionam ao aluno o acesso mais rápido a leitura, aos conceitos matemáticos e outros de uma forma muito lúdica, prazerosa e dinâmica. Há sites e blogs disponíveis na Internet onde se podem encontrar propostas diversas de atividades de todas as disciplinas e conteúdos. Se a escola não dispõe de Internet pode-se comprar ou se adquirir esses jogos. Na minha sala não possui Internet então eu vou ao Núcleo de Tecnologia Educacional de Natal e copio os jogos educativos que me interessam para trabalhar com meus alunos ou os copio de algum colega ou mesmo da Net.
Para trabalhar a alfabetização os jogos que mais uso são: O Menino Curioso (são uma série de atividades onde o aluno aprende o alfabeto, associando as letras aos fonemas, também há labirintos, quebra-cabeças e outros); Dally Doo (são jogos de alfabetização em várias etapas); Alfa-Ani (associa figuras as letras e fonemas também é uma série de atividades em um mesmo jogo); para trabalhar a matemática e o raciocínio lógico utilizo muito os jogos do Parque dos números, Menino Curioso, Pense Brincando e outros. Todos esses jogos tratam de conteúdos escolares e proporcionam aos alunos com deficiência uma memorização mais rápida. É claro que não se deve trabalhar com o aluno apenas dessa forma, este é apenas mais um recurso que se pode usar no trabalho com as crianças com deficiência e com todas as crianças.
Os resultados com as crianças que tem deficiência são lentos não importa as técnicas utilizadas, mas tenho observado que com esses jogos a criança associa o que viu no computador com as atividades escritas e muitas vezes se referem a elas e assim chegam a aprendizagem. Em seis meses uma aluna que tem deficiência física e só conhecia algumas sílabas simples terminou o ano alfabetizada e hoje após um de trabalho lê fluentemente. Tem Orkut, joga na NET, apesar de sua coordenação motora ser completamente comprometida.
As crianças com deficiência intelectual apresentam uma maior dificuldade para aprender e os jogos no computador passam a ser uma brincadeira muito divertida e proveitosa. Eu utilizo o computador para todos os meus alunos e com qualquer deficiência. Este ano eu tenho alunos com TDG (Transtorno Global do Desenvolvimento, DI (deficiência intelectual), Síndrome de Down, Síndrome de Noonam, DV (deficiência visual), DA (deficiência auditiva), DF (deficiência física) e outros com dificuldade de aprendizagem. Continuo trabalhando os dois turnos diurnos na Sala de Recursos Multifuncionais da escola em que trabalho e o computador tem sido o meu grande amigo para trabalhar com todas essas crianças, adolescentes e adultos que vão de 4 a 23 anos.